sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Blue School

Blue school  

Sei que no Brasil existem escolas que utilizam métodos pedagógicos mais condizentes com o que propõe a Educação Proibida, mas hoje lhes trago um exemplo do que já existe nos Estados Unidos. Esta é apenas uma das escolas que por lá já vem trabalhando de uma forma mais progressista e voltada para o desenvolvimento integral do aluno.

Blue School

A Blue School abriu no outono de 2006 com o sonho de criar uma experiência alegre, educacional e integrada para as famílias de nossa comunidade e além. Nosso belo edifício novo na Water Street em Manhattan permite à nossa inspirada equipe de professores e administradores servir crianças da idade de 2 anos ao 5° Grau e ter uma base permanente a partir da qual podemos compartilhar o aprendizado com educadores de todo o mundo.

Ao longo de sua jornada na Blue School, as crianças desenvolvem uma compreensão profunda de si mesmas como aprendizes. Como elas exploram o mundo ao redor e dentro de si mesmas, elas adquirem instrumental e motivação interna para perseguir as suas ideias e dúvidas com profundidade e amplitude incomum. Elas estão acostumadas a levar o seu ponto de vista único para os desafios não só acadêmicos, mas também sociais e tem o apoio de que necessitam, dentro da comunidade, às suas grandes chances e de ter sucesso ou não com todo o empenho e humor.

Abordagem

Na Blue School é adotada uma abordagem criança-todo que não apenas identifica o forte vínculo entre todos os domínios do desenvolvimento, mas também reconhece que todos são parte do processo de desenvolvimento curricular. Cada criança se desenvolve entre e dentro dos domínios sócio-emocional, cognitivo e físico de forma única e individualizada. É importante identificar onde cada criança está no processo, a fim de satisfazer as suas necessidades e nível de sua aprendizagem de maneira a apoiar o seu percurso educativo e objetivos de vida.

É implementado um sistema integrado e emergente de, currículo centrado na criança, onde as áreas de conteúdo do mesmo são integradas e interdependentes. Tópicos curriculares emergem dos interesses das crianças e são usados para desenvolver projetos que atingirão o nível do modelo-padrão. Por exemplo, quando engajados em um projeto de uma única classe, as crianças desenvolvem habilidades de alfabetização por meio de resolução de problemas, raciocínio e habilidades de compreensão, e ampliam seu vocabulário enquanto exploram o uso da linguagem. Através deste mesmo projeto as crianças desenvolvem habilidades sociais, tais como troca de liderança, construindo autoconfiança. Elas também usam observação, previsão e reflexão e toda a ciência básica e necessária de matemática. Aprendizagem é integrada em todo o conteúdo e se aprofunda com a integração dos professores especializados.

Um currículo centrado na criança foca e é projetado para atender às necessidades individuais das mesmas. Identifica as necessidades de desenvolvimento, as habilidades, os interesses e os estilos de aprendizagem. O professor é um facilitador da aprendizagem em vez de um diretor. As crianças socialmente co-constroem conhecimento uns com os outros e com os adultos e o desenvolvimento da criança é parte integrante deste contexto social. As crianças são participantes ativos na sua própria aprendizagem e o currículo emerge do interesse, do conhecimento passado, e das experiências das crianças e professores. A aprendizagem torna-se um processo ativo e focado mais sobre o aluno ao invés de sobre o tema ou lição a ser ensinada.

Os professores usam a observação, reflexão e avaliação para identificar o perfil de desenvolvimento de cada criança. Os perfis de desenvolvimento então conduzem o conteúdo curricular, estratégias de ensino e diferenciação de instrução. Isso é referido como um modelo recursivo de planejamento.

Os professores utilizam esses perfis de desenvolvimento em conjunto com cada série de graus do modelo padrão, o escopo e a seqüência e as expectativas de desenvolvimento para se engajar na avaliação dinâmica que ocorre no momento. Professores usam observações, notas de campo, fotografias, portfólios e outras formas apropriadas de documentação feitas por eles e pelos alunos para refletir a aprendizagem que está ocorrendo. Esta informação é então ligada com o modelo de currículo para individualizar, projetar e implementar o currículo que vai dar suporte e níveis de aprendizagem para todas as crianças e alcançar os objetivos individuais e os do nível do grau em que estão.

A abordagem e sua implementação são baseadas em pesquisas, experiências passadas e sólidas teorias educacionais. Blue School, no entanto, também é um ambiente único que incentiva, apóia valores e promove a exuberância, a alegria da aprendizagem, criatividade, perseverança, espírito brincalhão, a verdadeira integração e comunidade. A abordagem fornece uma forte fundação social-emocional para a aprendizagem, incentiva processo versus produto e permite que as crianças sejam livres para serem elas mesmas enquanto exploram e se conectam com o assunto de uma forma que os motiva e utiliza seus estilos de aprendizagem.

Fonte: http://www.theblueschool.org/

13 comentários:

  1. nossa gostei muito dessa matéria
    tem escola aqui que não sabe nem isso.
    um abraço.

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  2. É verdade Luiz. Com certeza a maioria delas. rsrs
    Obrigada pela visita e abraços

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  3. Matéria muito rica, quem sabe se nossos administradores se dessem ao menos o trabalho de ler poderia se começar a pensar em algumas mudanças na educação em nosso país...

    Bom estar aqui com você!

    Carinhos mil.
    Beijos de Luz e Paz

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  4. Matéria excelente você compartilhou. Uma frase, em especial, chamou minha atenção :" Os professores usam a observação, reflexão e avaliação para identificar o perfil de desenvolvimento de cada criança."
    Depreende-se que essa análise, individual, permitirá um desenvolvimento único, dentro da capacidade e potencial de cada um.

    Bjs.

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  5. Flor da vida:
    Que nickname inspirado ....rsrs
    Tem toda a razão, precisamos que os administradores tomem conhecimento que "outra educação é possível"!
    Como sou uma eterna sonhadora, espero que de repente isso aconteça.
    Grata pela presença e abraços

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  6. Marilene:
    É isso, a educação não pode ser padronizada porque cada aluno é um ser único e diferenciado.
    Obrigada pela visita e abraços

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  7. Atena,
    Que venham novas propostas assim.
    É desse olhar que me refiro nos textos: um olhar diferenciado para cada criança.
    Trabalhar de forma integrada com metas, mas aproveitando o que as crianças trazem e se interessam.Mergulhando no seu universo para juntos lapidarmos suas habilidades.
    Bjusssssssssss

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  8. Kátia:
    Creio que essa é a resposta: mergulhar no universo da criança. Só assim poder-se-á adequar a educação às diferentes habilidades e potencialidades. Se não me engano, Paulo Freire já dizia algo parecido.
    Obrigada pela participação e beijos

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  9. Atena, isso parece interessante, contudo, o que eu penso, é que o velho método ainda é o mais eficaz para ensinar. Tanto assim, podemos notar os otimos resultados em escolas tradicionais e que colocam bons profissionais no mercado. Eu entendo que escolas alternativas incentivam a criatividade, o que é fundamental; porém, na minha vida academica, eu tambem tinha que ser criativa e adquirir conhecimento aprofundado era fato.

    Beijos

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  10. Sissym:
    As crianças mudaram muito, precisamos de uma nova pedagogia. Uma escola que desperte nos alunos a vontade de aprender e estudar e que não seja desfocada do objeto da aprendizagem: o aluno. Muito menos com currículo engessado.
    Eu fui educada no velho método. Na minha época a gente estudava meeeeeesmo! rsrs
    De tudo que aprendi, o que futuramente aproveitei?
    Talvez um terço. O currículo escolar engessado é burro porque cada aluno é diferente do outro.
    Mudanças, como a Educação Proibida aborda, poderão trazer a essas novas gerações o que a antiga trazia (ótimo aprendizado), mas adaptadas a esses novos alunos, tão diferentes dos antigos. A gurizada atual não aceita mais a atual pedagogia, um exemplo são os inúmeros casos de Déficit de Atenção e Hiperatividade, que está sendo considerado uma doença, mas que, em muitos casos não o é. É puro tédio.
    Adorei vê-la por aqui.
    beijos

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  11. Na educação, assim com na vida, tudo é um constante devir...

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  12. Anônimo:
    Está correto.
    Obrigada pela visita.

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